Tuesday, November 07, 2006

Museu, pra que te quero?





“Quem gosta de passado é museu!” Essa frase é dita, com freqüência, quando algumas pessoas querem referir-se a algo antigo. Porém, ela está, implicitamente, recheada de preconceito e acaba por distorcer a visão do que realmente seja um museu.
É, portanto, uma comparação errônea tratar o museu como se ele estivesse única e exclusivamente ligado ao passado. Quem diz algo assim, prova que pouco ou nada sabe da importância e função que tem esse espaço, e de certo nunca tenha pisado num.
O museu é uma grande sala de aula, lá trava-se o contato direto com a arte; arte que nos faz pensar, refletir e questionar; arte que modifica nosso olhar.
Museu é “presente” que devemos desembrulhar com o espírito e a curiosidade pertinentes a uma criança. Nele não há só nossa memória, nossa história cultural que nos faz compreender quem somos hoje, mas há também a nossa perspectiva humana sobre o futuro.
Entre instalações e exposições, o espaço museu busca dialogar com quem o visita. Esse diálogo só vai ocorrer com quem está disposto a isso; uma comunicação não apenas com o passado, mas com o presente com o qual interagimos, e com o futuro que nos cobra participação.
Quem sabe se procurássemos aprender mais com os museus, modificássemos essa visão distorcida que temos dessa imensa sala de bate-papo.